Os Templos mais Bonitos da Tailândia: Conheça Chiang Rai
- Sigo por Aí
- 7 de jan.
- 11 min de leitura
Se você está em Chiang Mai e procura uma experiência inesquecível, visitar os templos de Chiang Rai é um passeio que merece estar no seu roteiro. Fechamos essa aventura com a Phi Phi Brazuca, uma empresa que oferece serviços de alta qualidade e guias que falam inglês, garantindo uma experiência completa. Neste blog, vou compartilhar como foi o dia, o que aprendemos sobre cada parada e algumas dicas essenciais para você aproveitar ao máximo.
Partindo de Chiang Mai
Nosso dia começou bem cedo, por volta das 7h, quando a van nos buscou diretamente no hotel. O trajeto até Chiang Rai leva cerca de 3 horas, mas as paisagens do caminho já começam a impressionar: campos verdes, montanhas e pequenas vilas que dão um gostinho da Tailândia rural. Durante o percurso, o guia compartilhou histórias e curiosidades sobre a região, o que tornou a viagem ainda mais interessante.
Pela distância, essa é uma viagem bem cansativa, esteja preparado! E a melhor opção é mesmo fazer com guia, já que você terá um gasto bem alto com o deslocamento (se fizer por conta) e também não terá as mesmas informações valiosas sobre os templos, o budismo e cada curiosidade e detalhe dessas obras tão significativas para a Tailândia.
Primeiro Templo: Templo das Artes
Nossa primeira parada foi no Wat Saengkaew Bodhiyan, também conhecido como Templo das Artes ou Templo Colorido. Embora seja menos famoso que o Templo Branco e o Templo Azul (que conheceremos a seguir), todo o complexo é uma verdadeira joia escondida. O local fica situado em uma região bem alta e é cercado por um lindo jardim com monumentos budistas enormes e uma atmosfera de paz que conquista os visitantes. Até porque, a vista lá do alto é algo digno de suspiros.
É importante mencionar que, assim como em todos os templos, é proibido entrar de calçado. Ou você entra descalço ou com aqueles protetores de sola. Por isso, recomendo que faça o tour com um que seja fácil e rápido de tirar, e caso use algum calçado que não tenha meia, já saiba que seu pé pode sujar.
História e Destaques
O Wat Saengkaew Bodhiyan, fica localizado no distrito de Mae Suay, foi fundado pelo monge Kruba Ariyachart Ariyajitto em 2006. Inspirado pelo renomado monge Kruba Srivichai (1878-1939), Kruba Ariyachart decidiu construir este templo para servir como um espaço dedicado aos devotos de Srivichai, permitindo-lhes orar e buscar tranquilidade. Ele é conhecido por seu trabalho em comunidades locais, promovendo o budismo e incentivando projetos sociais.
O nome Wat Saengkaew Bodhiyan é traduzido como "Uma flor de lótus que brota e emerge da água, emitindo luz como uma joia cintilante", uma referência, provavelmente, ao venerado Kruba Srivichai. O templo é uma celebração da arte budista, mas também contém elementos do **Hinduísmo**, com a intenção de mostrar como ambas as religiões podem coexistir em harmonia. As esculturas detalhadas, os pagodes coloridos e a atmosfera tranquila convidam à contemplação.
O templo é menos movimentado (quase vazio, eu diria), o que torna a experiência ainda mais especial, permitindo apreciar cada detalhe com calma e sem pressa. A energia pacífica e serena do local é uma grande atração para quem busca um lugar para reflexão e conexão espiritual.
Este templo é um convite a mergulhar na espiritualidade budista e a conhecer um pouco mais sobre a rica história religiosa do norte da Tailândia.
Dica: Onde Tirar Fotos
O templo é um verdadeiro cenário para quem ama fotografia, com cada canto oferecendo uma nova perspectiva de beleza. Não deixe de explorar o jardim e os ângulos formados pelas esculturas, que parecem se transformar em obras de arte a cada clique. Mas a dica especial fica por conta da recente passarela de vidro. Embora seja paga, o valor é acessível e vale a pena pela vista panorâmica de 360º da região e do templo aos seus pés. É o local perfeito para capturar uma foto única e memorável, enquanto aprecia a grandiosidade do templo de um ponto de vista diferente.
Segundo Templo: O Templo Azul
Depois de uma pausa para um café tailandês, seguimos para o Templo Azul, ou Wat Rong Suea Ten, outro marco impressionante de Chiang Rai. O azul vibrante das paredes externas contrasta lindamente com o dourado dos detalhes, criando um visual único.
História e Arquitetura
O templo foi fundado por Phun Phayap, um discípulo do famoso artista e arquiteto Chalermchai Kositpipat, o mesmo criador do Templo Branco (Wat Rong Khun). A construção começou em 2005 e foi concluída em 2016, e, ao contrário do Templo Branco, o Wat Rong Suea Ten tem um tom mais intenso de azul e uma estética única que mescla o tradicional com o moderno.
A ideia por trás do Templo Azul foi criar uma homenagem à arte tradicional tailandesa, mas também adicionar um toque de modernidade, tornando o templo um ponto turístico único. O arquiteto e fundador queria um lugar de culto que se destacasse pela beleza e pela serenidade, mas também fosse uma obra de arte.“Suea Ten” significa “tigre dançante”, referência a uma lenda local sobre tigres que pulavam sobre o rio onde o templo foi construído.
As escadas que levam ao templo são adornadas com esculturas de serpentes e dragões, que simbolizam o vínculo entre o céu e a terra. Cada degrau representa um passo na jornada espiritual. O templo é decorado com várias esculturas de dragões, que representam proteção e poder na tradição tailandesa. Estes dragões de ouro criam um visual impressionante ao longo da entrada do templo e ao redor do edifício principal.
O Interior
Ao entrar no templo, você será imediatamente impressionado pela intensidade do azul, que é acompanhado por tons dourados, criando um contraste visual impressionante. A arquitetura é uma mistura de estilo tradicional tailandês com elementos contemporâneos, com destaque para os detalhes em esculturas de ouro e figuras mitológicas.
O interior do templo é igualmente impressionante. Uma grande estátua de Buda sentado, cercada por pinturas e esculturas de dragões, divindades e seres mitológicos, ocupa o centro do espaço. O contraste entre o azul profundo e o dourado da estátua de Buda cria uma atmosfera mística e tranquila, que convida à meditação e reflexão.
Terceiro Templo: O Templo Branco
Para encerrar esse tour incrível, nossa terceira parada foi no famoso Templo Branco, um dos locais mais icônicos da Tailândia. Assim que descemos da van, fomos recebidos por uma estrutura deslumbrante, completamente branca e repleta de detalhes espelhados que brilham ao sol. O templo foi projetado pelo artista Chalermchai Kositpipat e é uma representação moderna da religião budista.
O Templo já é completamente visível da rua, e mesmo antes da nossa parada do almoço, conseguimos nos impressionar. O templo em si não é grande e também não impressiona pela imponência como o primeiro templo, por exemplo. Mas quando nos deparamos aos detalhes lá dentro do complexo... é de cair o queixo! E é claro que vou compartilhar tudo aqui.
Mas antes, uma pausa merecida para o almoço. Fomos ao Khao Soi Mae Pimpon, que é mesmo em frente ao Templo. O nosso guia nos levou diretamente para lá, nos sentamos rapidamente e até nos ajudou a escolher os pratos. Fui de Pad Thai com camarão, e pasmem... paguei apenas 90 Bahts (que dá aproximadamente R$15,00). Ou seja, restaurante bom e barato e com certeza vale a parada! O restaurante também é muito famoso pelo prato típico que leva o mesmo nome do restaurante, Khao Soi, mas confesso que eu fujo desse pela quantidade de pimenta que o prato leva. Mas se você for dos fortes eu recomendo que experimente!
História e Significado
Diferente dos templos tradicionais, o Wat Rong Khun foi construído recentemente, em 1997, como um projeto de arte que mistura simbolismo religioso e críticas sociais. Cada detalhe é carregado de significado. Por exemplo, a ponte que atravessamos para entrar no templo simboliza o caminho para a iluminação, enquanto as esculturas das mãos erguidas representam os desejos e tentações que devemos superar.
O templo foi idealizado e projetado pelo artista e arquiteto tailandês Chalermchai Kositpipat, que estava distribuindo autógrafos ali na frente do templo no mesmo dia da nossa visita. Chalermchai, já renomado por suas obras de arte, dedicou sua vida ao projeto do Wat Rong Khun, financiando-o com seus próprios recursos para garantir que a visão artística permanecesse intacta. Ele descreve o templo como uma oferta ao Buda, uma expressão de sua fé e espiritualidade. Hoje, é considerado um dos maiores artistas da Tailândia, celebridade máxima mesmo.
Embora o templo esteja aberto ao público, ele ainda está em construção, com a previsão de que levará décadas para ser concluído completamente. De perto quase não notei a parte ainda em construção, fiquei mais concentrada nos detalhes brilhantes do templo. Mas principalmente ao fundo do templo é uma área em construção. Como se ainda fossem surgir outras esculturas. Chalermchai acredita que o trabalho no templo será continuado por outros artistas após sua morte. Então prevemos que muita coisa ainda pode aparecer por ali e nos surpreender ainda mais. Oba, então eu já tenho outro motivo para voltar à Tailândia.
Arquitetura e Design
O que torna o Wat Rong Khun tão único é sua cor branca pura e brilhante, que simboliza a pureza do Buda. Diferentemente dos templos tradicionais tailandeses, que são coloridos e decorados com ouro, o Templo Branco é inteiramente branco, com detalhes em vidro que refletem a luz do sol, representando a sabedoria do Buda iluminando o mundo.
Principais Destaques:
A Ponte do Ciclo do Renascimento: A ponte que leva à entrada do templo representa o caminho para escapar dos ciclos de vida e morte. Ao atravessá-la, os visitantes simbolicamente deixam para trás as tentações terrenas e seguem em direção à iluminação.
O Mar de Mãos: Antes de atravessar a ponte, os visitantes encontram um mar de mãos esculpidas que simbolizam o sofrimento humano e os desejos terrenos. É um lembrete visual do ciclo do renascimento e da importância de se libertar das tentações.
O Salão Principal (Ubosot): O salão principal, decorado com elaborados entalhes brancos e fragmentos de espelhos, é o coração do templo. Infelizmente não é possível fotografar ali dentro, mas é algo SURREAL. Seu interior contrasta com o exterior, contendo murais coloridos, que combinam imagens budistas tradicionais com referências inesperadas da cultura pop, como super-heróis, filmes e ícones modernos, destacando a luta entre o bem e o mal, como por exemplo, imagens de guerra e destruição.
Os Murais Modernos: Dentro do templo, as pinturas murais incluem figuras de personagens icônicos como Neo (Matrix), Homem-Aranha, Doraemon e até a Estrela da Morte de Star Wars. Esses elementos representam as distrações e influências da modernidade na jornada espiritual.
A Árvore da Vida: Um elemento fascinante no complexo do templo, simbolizando a interconexão de todos os seres vivos.
Outros edifícios e detalhes: Além do Ubosot, o complexo inclui salas de meditação, um museu de arte e uma galeria dedicada às obras de Chalermchai. O banheiro dourado, por exemplo, é uma construção exuberante que simboliza os desejos materiais.
Dica: O que observar
No interior do templo (onde não é permitido fotografar), há murais que misturam elementos da cultura pop com temas espirituais. Você encontrará imagens de super-heróis, como Homem-Aranha e Superman, em contraste com cenas de meditação e renúncia. Reserve um tempo para apreciar os detalhes — cada cantinho é uma descoberta incrível.
Assista ao Vídeo Completo da Experiência!
É claro que eu fiz um vídeo completinho desse passeio para o Youtube. Clique aqui para assistir e não esqueça de se inscrever no canal para mais conteúdos sobre a Tailândia e outros destinos ao redor do mundo!
Dicas Práticas para o Passeio
O que vestir: Roupas leves e confortáveis, mas lembre-se de levar algo para cobrir os ombros e os joelhos ao entrar nos templos.
Calçados: Escolha sapatos fáceis de tirar, já que muitos templos exigem que você fique descalço.
Extras: Leve água, protetor solar e um chapéu para se proteger do sol.
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